Policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) prenderam nesta terça-feira (11) os traficantes Ricardo Chaves de Castro Lima, 44, e Cláudio José de Souza Fontarigo, 45, conhecidos como Fu da Mineira e Claudinho, respectivamente.
Beltrame vai pedir transferência de presos para presídios federais
- rio de janeiro
Agência O Globo
O secretário estadual de Segurança Pública , José Mariano Beltrame, disse nesta terça-feira (11) que pedirá ao governo a transferência do bando preso nesta manhã, no Complexo do Chapadão, para presídios federais. Por meio de uma nota, Beltrame ainda informou que viajará para Brasília, a fim de solicitar ao Congresso Nacional mudanças no Estatuto do Desarmamento.
Beltrame disse estar indignado com o armamento apreendido com o grupo, considerado os principais traficantes da principal facção que domina a venda de drogas no Rio. Segundo o secretário, será feito um pedido ao congresso para aumentar a pena de quem utilizar armas de uso restrito das Forças Armadas, como fuziz, pistolas e carregadores.
“Somos a cidade olímpica, precisamos ser ouvidos”, disse o secretário.
Fu é considerado um dos principais líderes do Comando Vermelho. Em 2009, ele comandou uma série de ataques a ônibus e delegacias no Rio. Já Claudinho, seu primo, foi considerado nos anos 1990 um dos principais sequestradores da cidade.
A prisão ocorreu no Complexo do Chapadão, na zona norte da cidade. Além deles, outros quatro traficantes foram presos. O grupo portava cinco fuzis.
Tanto Fu quanto Claudinho eram considerados foragidos do sistema penitenciário desde agosto de 2013, quando, então presos em um presídio federal de Rondônia, receberam benefício para visitar a família por sete dias.
À Justiça, Claudinho confessou que fez o disparo que matou o traficante Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, durante uma rebelião no Complexo de Bangu, zona oeste do Rio, no ano de 2002. A rebelião foi comandada por Luiz Fernando da Costa, o Beira-Mar, que atualmente cumpre pena em um presídio federal.
Os dois devem retornar ao presídio federal, onde cumprem pena por sequestro, homicídio, tráfico de drogas e assaltos.
A prisão ocorre três dias depois da morte de Celso Pimenta Pinheiro, 33, conhecido como Playboy, chefe do tráfico do Complexo da Pedreira, na zona norte. Os complexos da Pedreira e do Chapadão são controlados por facções rivais e separados somente por uma avenida.
Tiroteios entre traficantes dos dois grupos vitima moradores e pedestres com frequência, como ocorreu no último dia 25 de junho, quando três pessoas que passavam pela via -que faz divisa com os complexos- foram atingidas por tiros.
De acordo com a Polícia Civil, os mortos foram identificados como Adriano Lima de Araújo, 26, Fabrício Almeida da Silva, 17, e Wellington Pimentel de Azevedo, 41. Adriano estava num carro de passeio, Fabrício em uma moto e Wellington dirigia uma betoneira.
A morte dos três motivou uma reunião entre Playboy, Fu e Claudinho da Mineira pelo rádio. Na gravação, interceptada pela polícia, eles se comprometeram a não travar tiroteios a longa distância, mas com o único objetivo de não chamar a atenção para operações policiais.
“Aí, amanhã avança bagulho de UPP, vai prejudica pra nós dois, pô. Até quando nós vai ficar nessa aí, sendo burro, pô. Vocês é uma facção, nós é outra. É guerra de sangue. Eu tô aqui só para cessar tiro pra cá, tiro pra lá, mano, pra não chamar mais atenção da mídia”, disse Playboy. Claudinho, concordou. “Com certeza, com isso tudo aí que tá acontecendo, quem diminui nosso espaço é nós mesmo”, respondeu.
Por conta da ocupação policial que se sucedeu após a morte de Playboy, as aulas foram suspensas em dez escolas e sete creches nesta segunda (10) na região de Costa Barros, zona norte do Rio. A decisão foi tomada pelas secretarias estadual e municipal de Educação.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora