O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) pediu ao Ministério Público Federal (MPF) que investigue a produtora de vídeos Brasil Paralelo por conta da atuação da empresa junto a escolas da rede privada.
O deputado acusa a empresa de "revisionismo histórico" em materiais didáticos e paradidáticos expostos em escolas.
No pedido, Boulos afirma que “as produções da Brasil Paralelo são conhecidas por rechaçarem valores constitucionais como a própria democracia, o respeito à diversidade cultural, étnico e religiosa dos povos indígenas e afrodescendentes, o respeito às minorias, às identidades de gênero e aos direitos humanos de uma forma geral”.
Para justificar a instauração de inquérito civil e criminal contra a empresa, Boulos citou reportagens do portal esquerdista The Intercept Brasil que classificam a BP como “extrema-direita”, atacam os assinantes da plataforma de streaming e criticam a atuação da produtora nas escolas.
De acordo com Boulos, as produções da BP “negam fatos historicamente comprovados, como que o nazismo tenha sido um movimento de extrema direita e que a ditadura militar no Brasil (1964-1985) torturou e assassinou de forma sistemática e generalizada os opositores políticos, como demonstrado no relatório final da Comissão Nacional da Verdade”.
“As produções da Brasil Paralelo também negam consensos científicos como crise climática, aquecimento global e medidas de saúde pública durante a pandemia de Covid-19”, continuou o deputado.
Boulos ainda questiona o incentivo da BP ao homeschooling
O deputado ainda questiona o fato de a empresa ser incentivadora do homeschooling e defender o direito de escolha dos pais sobre a educação dos filhos.
“A prática ilegal de homeschooling vem sendo fomentada, incentivada e subsidiada materialmente pela Brasil Paralelo, por meio do Instituto Recebs, que é uma organização que defende a educação domiciliar e forma tutores para ensinar crianças em casa. Acrônimo de ‘Resgate da Educação Clássica no Ensino Básico e Superior’, o instituto defende que os pais têm ‘direito de escolha’ sobre colocar ou não os filhos em uma escola, e conta com uma plataforma própria de ensino para subsidiar a prática de homeschooling à margem da legislação”, diz um trecho do documento enviado ao MPF, na quarta-feira (4).
Em nota enviada à Gazeta do Povo, nesta quinta-feira (5), o deputado disse que a BP “está fazendo doutrinação ideológica nas escolas a partir de materiais com revisionismo histórico”.
"Eles seguem a velha tática da extrema-direita de acusar os outros do que eles mesmos são. A plataforma é mais um instrumento da extrema-direita para criar narrativas fantasiosas a partir de fatos deturpados e fake news. É preciso enfrentar esse método e restabelecer a verdade", completou o deputado.
O que diz a BP
A Gazeta do Povo entrou em contato com a assessoria de comunicação da Brasil Paralelo, que disse ter tomado conhecimento do pedido do deputado pela imprensa. De acordo com a assessoria, a empresa ainda prepara uma nota com o posicionamento sobre o caso.
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Premiê de Assad concorda em entregar poder a rebeldes da Síria
EUA alertam que Estado Islâmico pode tentar “tirar vantagem” da situação na Síria
Segurança pública de São Paulo enaltece recorde histórico de redução de crimes
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora