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Fiscalização

Polícia rodoviária aposta em operações para reduzir número de acidentes

Após ter em mãos o levantamento dos acidentes nas rodovias federais do estado, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) lançou na semana passada as operações Perímetros Urbanos e Velocidades, que serão concentradas, a princípio, em trechos das rodovias de Maringá e Londrina. A ideia é reforçar a fiscalização e reduzir ao máximo a quantidade e a letalidade das colisões, conforme explica o chefe do núcleo de acidentes da PRF, Fernando Costa.

Vertentes

Além disso, as operações serão estendidas a todas as delegacias da PRF no Paraná nas próximas semanas. "O projeto se baseia em três vertentes: engenharia e sinalização, para estudarmos posteriormente o que pode ser feito para melhorar - como troca ou colocação de sinaleiro e trincheiras, por exemplo; fiscalização eletrônica; e policiamento reforçado nas estradas." Costa afirma também que os resultados serão sentidos a curto, médio e longo prazo, conforme o tipo de ação realizada. O projeto não tem data para acabar.

Retorno

Como primeiro resultado, no km 156 da BR-369, em Londrina, um retorno foi fechado e um semáforo foi retirado após os policiais indicarem ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) os perigos e a necessidade da mudança. "Indicamos a eles [DER] a construção de uma passarela e a construção de um novo retorno também, mas isso ainda não tem prazo", ressalta Costa.

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Os motoristas que trafegam pela BR-376, principal ligação entre o Noroeste e o Litoral do Paraná, têm motivos de sobra para ficarem apreensivos. Entre 1.° de janeiro de 2012 e 30 de junho de 2014, foram registrados 1.985 acidentes na rodovia, com um total de 11 mortes. Além disso, dos 20 trechos com mais acidentes nas estradas federais que cruzam o estado, nove se encontram na BR-376. Os dados são de um levantamento feito pelo Núcleo de Acidentes e Medicina Rodoviária (Nuram) da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

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Além dos nove trechos mais perigosos da BR-376 – sendo seis deles em Maringá, dois em Sarandi e um em São José dos Pinhais -, outros pontos problemáticos estão localizados em rodovias como as BRs 277, 476, 369 e 116, que passam por grandes cidades como Curitiba, Paranaguá, Cascavel, Foz do Iguaçu e Londrina. No total, 35 pessoas morreram entre janeiro de 2012 e junho desse ano nos 4 mil quilômetros de pistas paranaenses.

O maior número de acidentes se concentrou no km 175 e km 176 da BR-376, no perímetro urbano de Maringá, por onde passa a Avenida Colombo, que atravessa a cidade. Sozinhos, os dois trechos somaram 703 acidentes, com 246 feridos e uma morte.

Ranking

A BR-277 está em segundo lugar no ranking, com 772 registros de acidentes. Desse total, 302 pessoas precisaram de atendimento médico e 10 morreram. A estrada passa por Paranaguá, Cascavel e Foz. Já a BR-476, que passa por Curitiba, contabilizou 560 acidentes, com 226 feridos e 7 mortes.

O estudo direcionou ainda os principais pontos de colisões, com ou sem vítimas, com base no número de mortos e de feridos graves e leves. Dessa forma, foram atribuídos pesos diferentes para cada registro. Para isso, aplicou-se o índice utilizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e também pelo Departamento de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com números de 1 (que indica lesões leves) a 13 (para óbito).

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Segundo o chefe do núcleo de acidentes da PRF, Fernando Costa, as principais causas de colisões são: excesso de velocidade, embriaguez ao volante, falta de atenção e ultrapassagem em local proibido. No caso de Maringá e Sarandi, onde os trechos cortam as cidades, também pode ser acrescido à lista o descumprimento à distância segura de um carro para outro e a desobediência à sinalização. "A imprudência, em todos os sentidos, é a responsável pelos acidentes", conclui Costa.