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Buracos, falta de acostamento, asfalto precário e a abertura de uma cratera que deixou o tráfego em meia-pista no quilômetro 295. Esse é o retrato da BR-476, na Região Sul do Paraná, que é alvo de um impasse entre os governos federal e estadual. As informações são da Gazeta do Povo.

Prefeitos de nove municípios ingressaram no mês passado com uma ação civil pública na Justiça Federal para obrigar o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) a retomar imediatamente as obras de recuperação, manutenção e conservação da pista entre a Lapa e União da Vitória. Mas um parecer sobre a ação só deve sair em dezembro. "É um absurdo a omissão do governo federal na rodovia", desabafou o prefeito de União da Vitória, Hussein Bakri.

Mesmo após a decisão do ministro-relator do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, que no começo de outubro devolveu a responsabilidade da rodovia para o governo federal e determinou que o Dnit realizasse obras emergenciais em 69 quilômetros da BR-476, a situação continua a mesma. O órgão federal recorreu da decisão.

Enquanto isso, os motoristas que trafegam pela rodovia são obrigados a desviar dos buracos e arcar com eventuais prejuízos mecânicos causados pelo péssimo estado de conservação da pista. No trecho mais precário, próximo ao quilômetro 295 no sentido São Mateus do Sul-União da Vitória, uma das pistas cedeu no dia 5 de outubro e destruiu seis metros do asfalto, em uma extensão de 150 metros.

Um buraco de 20 metros de profundidade se formou no local e até agora nenhuma obra foi realizada. Policiais rodoviários se revezam o dia inteiro no trecho para orientar o tráfego em meia pista. No entanto, não se formam filas e não há congestionamento.

De acordo com o sargento da Polícia Rodoviária Estadual (PRF), Carlos René, as fendas formadas no asfalto podem aumentar, principalmente no mês que vem, quando o fluxo de veículos aumenta de 5,4 mil para 7 mil automóveis diariamente. "Tínhamos esperança de que as obras começassem no começo de 2006, mas acho pouco provável", lamentou. O sargento informou que uma média de 15 veículos são danificados por dia em razão do péssimo estado da rodovia.

Leia a reportagem completa na Gazeta do Povo

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