Apesar da resistência das 600 famílias de brasiguaios ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) contra a desocupação das margens da BR-163 em Itaquiraí (MS), onde estão acampadas há 3 anos, a mudança deve acontecer amanhã, conforme prazo fixado pela Justiça. "Os sem-terra não querem deixar o local", afirma Egydio Bruneto, coordenador do MST no Estado.
Pelo menos mais de 100 funcionários do Instituto Nacional Instituto Nacional Colonização e Reforma Agrária (Incra), Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), Fundação Nacional de Saúde (Funasa), além de policiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF) e Polícia Militar (PM), estão integrados na ação. Caminhões, carretas, ônibus, sanitários químicos, rolos de lona plástica para novas barracas e outros materiais estão no novo local destinado ao acampamento dos brasiguaios, aguardando o momento da mudança. Mas não há água potável no local.
Os preparativos começaram há um mês, quando a Justiça decidiu atender pedido do Dnit, determinando a retirada do acampamento montado no km 97 da BR-163, para duplicação da rodovia. As obras estão bem próximas do acampamento. Segundo explicou Bruneto, o único poço artesiano da Fazenda Santo Antônio, onde um terreno com oito hectares será ocupado pelos "despejados", já serve às 1.200 famílias assentadas pelo Incra no imóvel.
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