Governo do Paraná faz campanha para arrecadar donativos
Confira alguns dos locais onde é possível fazer doações em Curitiba e no Paraná:
Hospital da Cruz Vermelha - Avenida Vicente Machado, 1310, Batel (41) 3016-6622;
Prefeitura de Curitiba - Avenida Cândido de Abreu, 817 - Centro Cívico;
Fundação de Ação Social - Rua Eduardo Sprada, 4.520 - Campo Comprido;
Todas as Ruas da Cidadania, em Curitiba;
Postos da Polícia Rodoviária Federal, em todo o estado;
Unidades do Corpo de Bombeiros e bombeiros comunitários do Paraná.
Depósito em bancos
A Prefeitura de Teresópolis (RJ) recebe doações em dinheiro através da conta 110000-9, agência 0741-2, do Banco do Brasil.
A Prefeitura de Nova Friburgo vai receber doações por meio da agência 0335-2 e conta 120000-3.
O Itaú Unibanco vai receber qualquer valor na conta bancária 00594-7, agência 5673, em nome do Fundo Estadual de Assistência Social do estado do Rio de Janeiro.
O Bradesco também receberá doações na conta 2011-7, da agência 6570-6.
A Caixa Econômica Federal (CEF) recebe doações pela conta da Defesa Civil do Rio de Janeiro: agência 0199, conta 2011-0.
O governo brasileiro admitiu à Organização das Nações Unidas (ONU) que grande parte do sistema de defesa civil do País vive um "despreparo" e que não tem condições sequer de verificar a eficiência de muitos dos serviços existentes. O Estado obteve um documento enviado em novembro de 2010 por Ivone Maria Valente, da Secretaria Nacional da Defesa Civil (Sedec), fazendo um raio X da implementação de um plano nacional de redução do impacto de desastres naturais. Suas conclusões mostram que a tragédia estava praticamente prevista pelas próprias autoridades.
Diante do tsunami que atingiu a Ásia e do aumento do número de desastres naturais no mundo nos últimos anos, a ONU foi pressionada a estabelecer um plano para ajudar governos a fortalecer seus sistemas de prevenção. Em 2005, governos chegaram a um acordo sobre a criação de um plano de redução de risco para permitir que, até 2015, o mundo estivesse melhor preparado para responder às catástrofes.
Uma das criações da ONU, nesse contexto, foi o Plano de Ação de Hyogo (local da conferência onde o acordo foi fechado). No tratado, a ONU faz suas recomendações de como governos devem atuar para resistir a chuvas, secas, terremotos e outros desastres. Ficou também estabelecido que os 168 governos envolvidos se comprometeriam a enviar a cada dois anos um raio X completo de como estavam seus países em termos de preparação para enfrentar calamidades e o que estavam fazendo para reduzir os riscos.
Na versão enviada pelo próprio governo do Brasil ao escritório da Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres, no fim de 2010, as constatações do relatório nacional são alarmantes. "A maioria dos órgãos que atuam em defesa civil está despreparada para o desempenho eficiente das atividades de prevenção e de preparação", afirma o documento em um trecho. Praticamente um a cada quatro municípios do País sequer tem um serviço de defesa civil e, onde existe, não há como medir se são eficientes.
No relatório, o Brasil é obrigado a dar uma resposta ao desempenho em determinados indicadores sugeridos pela ONU. Em um dos indicadores - que trata de avaliação de risco de regiões - o governo admite ter feito avanços, "mas com limitações reconhecidas em aspectos chave, como recursos financeiros e capacidade operacional". Na avaliação de risco, por exemplo, o governo admite que não analisou a situação de nenhuma escola ou hospital no País para preparar o documento.
Estado de calamidade
O governador Sérgio Cabral decretou estado de calamidade pública em sete cidades da Região Serrana do Rio. São elas: Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Bom Jardim, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro e Areal.
Algumas prefeituras já haviam feito o pedido, que só começa a valer na segunda, após a publicação no Diário Oficial com a sanção do governador.
A medida visa dar maior agilidade na contratação de serviços, aquisição de materiais e execução de obras e permite dispensa de licitação para reabilitação das cidades mencionadas e destruídas. A decisão vale por 180 dias.
As chuvas na Região Serrana já deixaram mais de 600 mortos.
Preço abusivo pode dar cadeia
Os comerciantes que se aproveitarem da tragédia na Região Serrana do Rio para aumentar de maneira abusiva os preços de produtos nas áreas afetadas serão levados para a delegacia. A determinação é do comandante-geral da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte.
Segundo a PM, os policiais foram orientados a apurar as denúncias com rigor e levar as partes envolvidas à delegacia. Esse tipo de caso também está sendo tratado como prioridade pela Polícia Civil e Ministério Público.
"Na delegacia, os investigadores vão decidir se ele será indiciado por crimes como os contra a economia popular ou extorsão. O rigor nesses casos vai inibir pessoas com essa intenção de prática", explicou o Relações Públicas da PM, coronel Lima Castro.
Maior parte dos corpos já foi enterrada
Apesar de todas as dificuldades para reconhecimento e identificação, parentes enterraram a maioria dos corpos das vítimas das chuvas e desabamentos na Região Serrana. Em Teresópolis, 212 mortos já foram sepultados. Em Nova Friburgo, 273 vítimas também já foram sepultadas e 37, em Petrópolis. As informações são das prefeituras das respectivas cidades.
Os corpos ainda não identificados só serão reconhecidos por exames de DNA, segundo decisão judicial.
Buscas
Bombeiros, técnicos da Defesa Civil, militares e voluntários entram neste domingo (16) no 5º dia de buscas por moradores que ainda estão em regiões isoladas e por corpos, vítimas da chuva forte que arrasou a Região Serrana do Rio.
Uma equipe equipe da Aeronáutica seguiu de helicóptero para a localidade de Brejal, onde cerca de 80 pessoas estão ilhadas. Outra equipe aguarda a chuva que voltou a cair em Petrópolis diminuir para seguir em outra aeronave para a região trabalhar na busca por pelo menos três corpos, que foram confirmados, estão soterrados na localidade.
Maior tragédia da história
Em toda a região, desde a chuva forte que começou a cair na terça-feira (11), mais de 600 corpos já foram encontrados.
Esta já é a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram. Relembre outras tragédias.
Pontes e estradas
Técnicos do Exército, especializados em condições de estrada e de margens de rios, devem concluir na próxima semana um estudo sobre a viabilidade de instalação de passagens contínuas (pontes) para fazer a ligação entre distritos e municípios da Região Serrana, como Bom Jardim, que estão isolados desde o começo das chuvas, na noite de terça-feira (11).
De acordo com o general Oswaldo Ferreira, que coordena as ações do Exército na Região Serrana, são as condições técnicas do solo que vão determinar a construção das pontes. Segundo o assistente do oficial, major Minoru, o material para as pontes é muito grande e pesado.
Papa
O papa Bento XVI pede esforços para socorrer aqueles que ficaram desabrigados ou isolados por inundações em quatro países, entre eles o Brasil. O pontífice disse neste domingo aos peregrinos na Praça São Pedro que reza pelas pessoas que estão sofrendo com enchentes "devastadoras".
Confira os locais mais atingidos pela tragédia:
Veja na galeria as fotos da tragédia:
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