O governo brasileiro avalia que o laudo médico apontando esquizofrenia é a solução mais provável para livrar o brasileiro Rodrigo Gularte da execução na Indonésia. Ele também foi condenado à pena de morte ao tentar entrar no país em 2004 com 6 kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe.

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Gularte teve o segundo pedido de clemência negado pela Indonésia, que no sábado passado executou por fuzilamento outro brasileiro condenado por tráfico, Marco Archer.

O advogado de Gularte, Utomo Karim, pago pelo governo brasileiro, já informou que essa será a estratégia de defesa no caso – a legislação local não prevê a execução de doentes mentais. No sábado, uma prima do surfista chegou à Indonésia para visitá-lo na Penitenciária de Kerobokan, em Bali. Ela teria relatado à família que Gularte está completamente fora de si e já "não fala coisa com coisa".

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A avaliação é a de que o laudo médico é o argumento mais forte para Gularte escapar da pena de morte, uma vez que as intervenções diplomáticas no caso de Archer se mostraram sem efeito – e o Brasil mantém uma relação comercial fraca com o país, o que dificulta a imposição de sanções comerciais. O problema é que Gularte rechaça o diagnóstico, concedido por médicos do próprio país.

Poucas chances

Nos bastidores, integrantes do governo admitem ser difícil a adoção de novos mecanismos a favor de Gularte, já que a Indonésia ignorou todos os pedidos feitos pelo Brasil, inclusive com o apelo final da presidente Dilma Rousseff ao colega Joko Widodo, num telefonema na última sexta-feira.

Apelo para o papa

A mãe de Gularte vai pedir ao papa Francisco que intervenha para que seu filho não seja executado.Ele foi preso em 2004, no Aeroporto de Jacarta, por tráfico de drogas. Sua execução pode ocorrer no próximo mês, segundo autoridades indonésias.

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