Um dia depois de suspender as importações de 19 tipos de frutas do Chile, devido à interceptação do ácaro Brevipalpus chilensis em cargas provenientes daquele país, o governo brasileiro voltou atrás nesta terça-feira e decidiu flexibilizar o embargo, restringindo-o a apenas duas empresas chilenas e limitando-o exclusivamente às uvas. O gesto de boa vontade não terá contrapartida imediata. Em troca, o Chile se comprometeu a analisar a possibilidade de abrir seu mercado novamente à carne brasileira, fechado desde outubro de 2005. O assunto começa a ser discutido na próxima semana.
A flexibilização do embargo foi conseguida pelo ministro das Relações Exteriores do Chile, Alejandro Foxley. Ele pediu a revisão da medida diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava acompanhado do chanceler Celso Amorim e do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Fontes do governo brasileiro e do setor privado comentaram que Rodrigues, mesmo contrariado, teve de aceitar a decisão.
- Vamos conversar, nos próximos dias, sobre como eliminarmos nossas pendências comerciais - afirmou o chanceler do Chile.
Foxley assegurou que o assunto foi resolvido, e que inclusive os caminhões que transportam uvas do Chile e estiverem em trânsito atualmente poderão entrar no Brasil, após uma prévia revisão feita por parte das autoridades sanitárias locais.
A concessão feita aos chilenos foi vista com certa perplexidade por autoridades sanitárias do governo. Há 40 anos, a doença que atinge pomares e videiras daquele país não é detectada no Brasil.
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