O papel do Brasil durante as negociações da 15.ª Con­­fe­­rência-Quadro das Nações Uni­­das sobre Mudanças Climáticas (COP15) foi o tema que encerrou as atividades do 6.º Con­­gresso Brasileiro das Unidades de Conservação (CBUC), realizado entre os dias 20 e 24, em Curitiba.

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Participaram do debate so­­bre o assunto o ex-deputado Fá­­bio Feldmann, idealizador do Fórum Brasileiro de Mu­­danças Climáticas e secretário­-executivo do Fórum Paulista de Mu­­dan­­ças Climá­ticas e Bio­­di­­versidade; o consultor do Mi­­nistério do Meio Am­­biente (MMA) Tasso Rezende de Azevedo, integrante da equipe do governo federal para a COP15; e o biólogo Antonio Do­­nato Nobre, pesquisador ti­­tular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e representante institucional do Instituto Nacional de Pes­quisas Espaciais (Inpe).

Os debatedores voltaram a lamentar a falta de protagonismo do país nas discussões sobre o clima. "Se o Brasil fosse mais arrojado nessas negociações, só teríamos a ganhar. Já falei ao presidente que, se ele abraçasse a causa do aquecimento global como abraçou a questão da fo­­me, seria o novo Nelson Man­­dela. O mundo está esperando um posicionamento mais firme do país", acredita Feldmann.

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Para Antonio Donato, a agenda de meio ambiente do país é hipócrita. "Temos de pe­­gar dinheiro da Noruega para defender as nossas florestas. En­­quanto isso, o BNDES dá dinheiro ao Grupo JBS Friboi para investir em pecuária na Amazônia. É preciso acabar com a dupla agenda do Brasil", avisa.