A tríplice fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina é o mais novo alvo de manobras militares. Enquanto o Exército Brasileiro faz treinamentos desde ontem em Foz do Iguaçu, soldados norte-americanos realizam exercícios desde o início do mês no Paraguai. Segundo o comandante da Brigada de Infantaria Pára-quedista do Rio de Janeiro, general João Francisco Ferreira, a presença das tropas de duas nacionalidades na mesma época na fronteira não passa de coincidência. "Nosso exercício foi planejado no ano passado. A presença americana no Paraguai é mais uma questão de política nacional", diz.
As tropas norte-americanas, com cerca de 200 soldados, têm autorização para permanecer no Paraguai até 31 de dezembro de 2006. O último grupo desembarcou esta semana na região de Salto Del Guairá, fronteira com Guaíra (PR). A chegada do exército americano no Paraguai está causando polêmica. Na semana passada, cerca de 50 pessoas fizeram um protesto em Ciudad del Este, fronteira com Foz. Os manifestantes alegam que os americanos querem montar uma base militar no Paraguai (leia mais sobre o assunto na página 27).
Trezentos homens do Exército Brasileiro, armados com fuzis, saltaram de pára-quedas pela manhã em uma plantação de trigo próximo à BR-277, entrada de Foz do Iguaçu. Os militares chegaram em dois aviões C-130 Hércules, da Força-Aérea Brasileira, para ocupar estrategicamente a subestação de Furnas Centrais Elétricas. A manobra cinematográfica faz parte de um exercício de adestramento da Brigada de Infantaria Pára-Quedista do Rio de Janeiro e do 34.º Batalhão de Infantaria Motorizado, de Foz do Iguaçu.
Os aviões Hércules fizeram duas viagens partindo de Cascavel para desembarcar as tropas de pára-quedistas. Cada aeronave levava 75 homens. Eles saltaram a 1,2 mil pés de altitude, equivalente a 400 metros. Assim que chegaram ao solo, os oficiais se organizaram e iniciaram uma caminhada a pé de 12 quilômetros até à subestação de Furnas, carregando uma bagagem de aproximadamente 40 quilos. Durante o trajeto, os pára-quedistas encontraram-se com tropas motorizadas do Batalhão de Foz do Iguaçu para trocar informações. Por volta das 11 horas, o grupo já estava em Furnas.
Segundo o oficial de Comunicação da Brigada, major Luís Gervasoni, o objetivo do exercício, chamado de Operação Relâmpago, é ocupar Furnas em Foz do Iguaçu para manter a integridade das instalações e a ordem interna. Hipoteticamente, a subestação estaria sendo ameaçada por manifestantes.
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