Ainda muito atrás de países desenvolvidos na proporção de doutores em relação ao total da população, o Brasil está na vanguarda mundial da tendência de ter mais mulheres que homens conquistando o título. Enquanto em diversos países as mulheres ainda estão se aproximando do patamar de doutores homens, desde 2004 as brasileiras são maioria na conclusão de doutorados a cada ano. Segundo o mais recente estudo demográfico do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2008 o País ganhou 11 mil doutores, sendo que 51,5% foram, na verdade, doutoras.
A relação homens/mulheres é semelhante em todas as regiões, com exceção do Norte, onde elas ainda não atingiram a marca masculina e representam 47,8% do contingente total. "No total, o Brasil é o terceiro país do mundo com maior proporção de formação de doutoras. Ficamos atrás apenas de Portugal e Itália" afirmou Antonio Carlos Filgueira Galvão, um dos diretores do estudo.
Mesmo em campos do conhecimento tradicionalmente dominados por homens, as pesquisadoras brasileiras conquistaram seu espaço. Aos 30 anos, Denise Lazzeri Bombonatti completou em agosto seu doutorado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), na área em desenvolvimento de softwares. Ela diz que apesar de as mulheres ainda serem minoria na área, não se lembra de ter vivido episódios de discriminação. "Nunca senti preconceito por ser mulher." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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