O Brasil já soma 907 casos confirmados de bebês com microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, segundo dados de boletim atualizado do Ministério da Saúde. Desses, 122, ou 13,4% do total, tiveram resultado positivo para o vírus zika, o que indica que o bebê pode ter sido infectado pelo vírus durante a gestação.
As causas da microcefalia, no entanto, ainda são investigadas. O resultado dos exames para outras infecções que também podem estar associadas à má-formação nos bebês - como toxoplasmose, citomegalovírus e sífilis, entre outras - não foi divulgado.
O Ministério da Saúde, no entanto, diz considerar que a maioria dos casos de microcefalia esteja relacionada ao vírus zika, identificado no país no início de 2015.
Ao todo, foram registrados 6.671 casos de suspeita de microcefalia no país desde outubro até o dia 19 de março. Deste total, 4.293 ainda estão em investigação, enquanto 907 já foram confirmados - são casos em que exames apontam uma má-formação no cérebro dos bebês com sinais que indicam uma infecção congênita (transmitida de mãe para filho).
Os outros 1.471 casos da lista foram descartados após exames não demonstrarem alterações no cérebro ou apontarem causas não infecciosas para o quadro, como uso de drogas ou fatores hereditários.
Em uma semana, o número de casos suspeitos informados pelas secretarias de saúde ao governo federal cresceu 2,9%. Já as confirmações subiram 5%.
Entre os estados, Pernambuco ainda apresenta o maior número de casos de suspeita de microcefalia, com 1.210 registros em investigação e 268 confirmados.
OUTROS CASOS
O balanço também registra 198 mortes de bebês com suspeita de microcefalia e outras más-formações do sistema nervoso, ocorridos após o parto ou durante a gestação.
Dessas, 46 tiveram o quadro confirmado após exames, enquanto outras 22 foram descartadas. As demais ainda estão em investigação.