De 2001 a 2009, o número de pessoas registradas como doadoras de medula óssea para transplante aumentou 10.814%, passando de 12.550 para 1.369.754. Hoje, o Brasil ocupa o terceiro lugar entre os doadores de medula, atrás apenas dos Estados Unidos (5,2 milhões) e da Alemanha (3,5 milhões). Com a ampliação, o Brasil alcançou a meta do Programa Mais Saúde três anos antes da data prevista, 2011, cujo objetivo era alcançar 920 mil doadores.

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O Ministério da Saúde atribuiu o aumento dos doadores às campanhas que tem feito pelo rádio e pela televisão - ajudadas por programas populares de TV, como as novelas, que acabam abordando o tema vez por outra. Como a publicidade tem funcionado, o ministério iniciou nesta terça-feira (22) mais uma campanha nacional, com o tema "Seja amigo oculto de alguém por toda a vida", sugerindo que a pessoa se cadastre como doadora.

Mesmo com o vertiginoso crescimento no número de doadores, o Ministério da Saúde informou que a campanha visa ampliar ainda mais o cadastro. Acontece que os pacientes com leucemia ainda enfrentam dificuldades em encontrar um doador compatível. Quando não há um parente próximo para fazer a doação, a solução para o transplante é procurar um doador compatível no cadastro. Estima-se que para cada 1 milhão de pessoas haja apenas um doador nessas condições.

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O cadastro dos doadores fica com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), que faz o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula (Redome). Atualmente, de acordo com o Ministério da Saúde, 979 pacientes estão em busca de um doador compatível no Brasil. "O ideal seria que todos os jovens e adultos fossem doadores, pois aumentaria a chance de quem necessita encontrar um que seja compatível o mais rápido possível", disse o secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame. Ele afirmou que a medula óssea recompõe-se em poucos dias e não faz falta para quem a doa.

Campanha

A campanha que começou hoje terá filmes na TV, spots de rádio e anúncios em revistas e será veiculada até o dia 27. Diz que o doador é um amigo que, apesar de não ser conhecido por quem é presenteado (com a medula), está exercendo a solidariedade com os que precisam.

Para se cadastrar, o doador deve procurar o hemocentro da cidade onde mora ou o que fica mais próximo de sua cidade. Para saber onde fica, basta entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde da cidade e perguntar qual é o hemocentro que deve ser procurado. O doador deve ter entre 18 e 55 anos e não pode ter doença infecciosa transmissível pelo sangue. Se for verificada a compatibilidade com algum paciente, é chamado a fazer testes confirmatórios e fazer a doação.

De acordo com o Ministério da Saúde, além de ser indicado para o tratamento de leucemia, o transplante de medula óssea é utilizado em casos de linfomas e de alguns tipos de anemia.

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