O Brasil oferecerá vistos de trabalho de entre dois e três anos para médicos da Espanha, Portugal e Cuba que queiram exercer a profissão em cidades do país com atendimento de saúde deficiente, disse nesta segunda-feira (20) Thomas Traumman, porta-voz da presidente Dilma Rousseff.
"A ideia do programa é concentrar os médicos em cidados onde não há ou onde há um índice de profissionais muito abaixo da média mundial e em subúrbios", disse Traumman no Fórum Efe Café da Manhã, um ciclo de encontros com personalidades da política e da economia no Brasil, além de jornalistas, que foi inaugurado nesta segunda-feira pela ministra de Fomento da Espanha, Ana Pastor.
O porta-voz afirmou que o Governo negocia esse programa com os três países desde o ano passado e esclareceu que o número de médicos que poderia vir ao Brasil "não está fechado".
O governo antecipou no começo do mês que no caso de Cuba o número poderia girar em torno dos 6 mil profissionais.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) do Brasil, entidade que regula o exercício da profissão médica, se opõe à iniciativa.
O CFM condena "qualquer iniciativa que proporcione a entrada irresponsável de médicos estrangeiros e de brasileiros com diplomas de medicina obtidos no exterior sem sua respectiva revalidação".
Traumann disse hoje que os médicos "teriam um visto de trabalho de dois a três anos" e receberiam um curso de português.
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