O Brasil subiu da 113ª para a 107ª posição no ranking dos países que têm as maiores taxas de mortalidade infantil entre crianças com até cinco anos de idade, de acordo com o relatório anual Situação Mundial da Infância 2009, divulgado ontem pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O país é apontado pela organização como o que apresenta um dos piores resultados entre as nações latino-americanas: 22 mortes por mil nascidos vivos. Na América Latina, o Brasil só fica melhor posicionado do que Bolívia (61º lugar) e Peru (97º). Entre os emergentes, o resultado do Brasil só não é melhor que o da Rússia (125ª). China e Índia ficaram na 101ª e 49ª posições, respectivamente.
Apesar da piora da posição brasileira, o número de mortes vem diminuindo desde 1990. Nesse período, o país apresentou uma queda acumulada de 62%, de 58 mortos para 22 entre cada mil nascidos. A melhora tem sido muito significativa em comparação aos outros países do ranking, o que fez o Brasil ir da 57ª para a 107ª em 19 anos.
Os primeiros lugares do ranking de 194 países foram ocupados nessa edição do relatório por Serra Leoa (1º lugar) e Afeganistão (2º). Seis países registraram as taxas mais baixas e ocupam as últimas posições no ranking: Suécia, Islândia, Cingapura, Luxemburgo, Andorra e Liechtenstein.
Riscos
O relatório ainda aponta que as mulheres dos países subdesenvolvidos têm 300 vezes mais chances de morrer durante uma gestação do que as de países desenvolvidos. Segundo o relatório, a cada ano, mais de meio milhão de mulheres morrem devido a complicações no parto, das quais, 70 mil adolescentes e jovens entre 15 e 19 anos. Desde 1990, as complicações decorrentes da gravidez e do parto causaram a morte de cerca de 10 milhões de mulheres, segundo o Unicef.
O relatório também revela que as crianças que nascem em um país em desenvolvimento tem 14 vezes mais chances de morrer durante seu primeiro mês de vida do que uma criança nascida em um país desenvolvido.