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O Brasil vai sediar em novembro o 3º Congresso Mundial de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no Rio de Janeiro. De acordo com a subsecretária da Criança e do Adolescente da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Carmem Oliveira, serão abordados a cooperação internacional e os novos cenários desse crime, como a pedofilia na internet e o turismo sexual em tempos de globalização. "Cerca de 3 mil pessoas devem participar do evento, sendo metade brasileiros e metade congressistas internacionais, além de adolescentes de vários países", afirma a subsecretária.

De acordo com ela, a experiência brasileira de combate à pedofilia inclui um apoio interministerial, no qual os ministérios do Turismo e do Desenvolvimento Social agem em conjunto com a SEDH e a Polícia Rodoviária Federal. "Mas a gente só consegue avançar se tivermos o apoio de estados e municípios para implementar as políticas públicas", ressalva Carmem. Nesse ponto, segundo ela, é importante responsabilizar autoridades envolvidas com a exploração sexual de crianças e adolescentes, como aconteceu recentemente em Roraima. Lá, a Polícia Federal prendeu o procurador-geral do estado e um major da Polícia Militar, durante a Operação Arcanjo.

O perfil das crianças que sofrem exploração sexual, segundo ela, varia de acordo com a região. Nos locais mais isolados, como a Amazônia ou os garimpos, a faixa etária é menor, mas o perfil quase sempre está ligado à pobreza. Apesar de as meninas ainda serem maioria e de não haver dados precisos sobre quantas crianças e adolescentes estão nessa situação, a subsecretária garante que muitos meninos são explorados sexualmente. "Temos uma negação social sobre as crianças do sexo masculino na exploração sexual, mas ela é visível nas ruas, nos hotéis", conclui Carmem.

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