Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
aedes aegypti

Brasil tem 2.165 casos suspeitos de microcefalia e 134 confirmados

 | Antônio More/Gazeta do Povo
(Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

Em uma semana, o número de casos em investigação de recém-nascidos com microcefalia cresceu 22%. Ao todo, o país registra 2.165 casos suspeitos da má-formação em 19 estados e no Distrito Federal, verificados a partir do diagnóstico inicial, que ocorre pela medida da cabeça do bebê.

No total, houve 2.401 notificações até o dia 12 de dezembro, mas 102 destes casos foram descartados e 134 foram confirmados. Para comparação, na última semana, havia 1.761 bebês com suspeita de microcefalia em 13 estados e no DF.

Os novos estados a informarem um aumento de registro de microcefalia são Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, São Paulo e Rio Grande do Sul. Pernambuco ainda concentra o maior número de casos em investigação, com 874 registros suspeitos e 29 confirmados, seguido da Paraíba, com 322 suspeitos e 19 confirmados.

Há ainda casos em investigação na Bahia (316), Rio Grande do Norte (101), Sergipe (33), Alagoas (107), Ceará (79), Mato Grosso (72), Maranhão (56), Rio de Janeiro (57), Tocantins (43), Piauí (39), Minas Gerais (33) e Espírito Santo (14), São Paulo (6), Goiás (4), Mato Grosso do Sul (3), Pará (3), Distrito Federal (2) e Rio Grande do Sul (1).

O número de mortes suspeitas também cresceu e já atinge 26 registros. Destes, uma foi confirmada. Outras duas chegaram a ser investigadas, mas foram descartadas.

O avanço de casos de microcefalia fez o país decretar emergência nacional em saúde pública. É a primeira vez que a medida é tomada desde que a possibilidade passou a existir.

O Ministério da Saúde considera que o aumento tem relação com a chegada do zika ao país. O vírus, que é transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti, foi identificado no Brasil em maio deste ano.

Exames feitos em um bebê que morreu horas após o parto no Ceará apontaram a presença do vírus em amostras de sangue e tecidos. Resultado semelhante ocorreu após análise do líquido amniótico coletado de duas grávidas da Paraíba cujos fetos foram identificados com microcefalia ainda durante a gestação.

Apesar dos indícios apontaram para uma relação entre a microcefalia e o vírus, pesquisadores consideram que ainda não é possível afirmar que o zika é a causa da má-formação. Isso porque ainda não há dados de como o vírus atravessa a placenta e afeta o bebê.

Exames

Diante do avanço de casos, o Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (14) um protocolo com orientações e diretrizes aos profissionais de saúde para identificação e confirmação dos casos de microcefalia e atendimento às gestantes, mães e bebês.

O documento prevê que possíveis sintomas de zika durante a gestação sejam registradas em caderneta da gestante e informados ao Ministério da Saúde.

Já os bebês com suspeita de microcefalia devem passar por ultrassonografia transfonela, que avalia a estrutura do cérebro, e ter coletados sangue do cordão umbilical, da placenta, do líquido da medula e sangue da mãe, para que seja possível verificar uma possível infecção pelo vírus zika.

A identificação da suspeita de microcefalia continua levando em conta o perímetro da cabeça do bebê menor ou igual a 32 cm nos casos de partos não prematuros. Para partos prematuros, a medida é de dois desvios padrão inferior à medida esperada para a idade gestacional.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Tudo sobre:

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.