O país já soma 3.381 casos suspeitos de microcefalia e outros 230 confirmados, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (20). Os casos ocorrem em 764 municípios de 20 estados e do Distrito Federal. Além desses, outros 282 casos suspeitos chegaram a ser notificados pelas secretarias estaduais de saúde ao governo federal, mas foram descartados após exames feitos nos bebês.
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Entre os casos de crianças que tiveram a malformação no cérebro confirmada após exames, seis são de bebês que já tiveram resultados positivos para o vírus zika em testes sorológicos.
A análise mais recente ocorreu em Minas Gerais. A criança tem microcefalia e o diagnóstico foi positivo para o vírus após análise de amostras do líquido da medula.
“Foi o primeiro caso em que a criança nasceu com microcefalia, está viva, e foi identificado o vírus”, disse Wanderson Oliveira, coordenador-geral de respostas a emergências em saúde pública. Ele lembra que as outras análises eram de bebês que morreram horas após o parto.
Para o Ministério da Saúde, a descoberta de um sexto caso confirmado para o vírus reforça o elo entre a chegada do zika no Brasil e o avanço inesperado de casos de microcefalia.
O novo balanço informa ainda 49 mortes suspeitas de bebês identificados com a malformação. Desses, cinco já foram confirmadas. Os demais ainda estão em investigação.
Entre os estados, Pernambuco continua com o maior número de casos suspeitos de microcefalia: desde outubro, são 1.306 registros. Em seguida, estão Paraíba (665), Bahia (469) e Ceará (216).
QUEDA
Os dados indicam um pequeno aumento em relação à última semana, quando havia 3.530 casos suspeitos em 20 Estados e no Distrito Federal. Na ocasião, porém, o Ministério ainda não havia divulgado o número de casos confirmados e descartados.
Segundo o diretor do departamento de doenças transmissíveis, Cláudio Maierovitch, os dados apontam uma possível tendência de queda nos novos casos de microcefalia no Nordeste.
Hoje, a região concentra 88% dos casos suspeitos e confirmados no país.
“Começamos a assistir uma redução na incidência na curva [de casos] na região Nordeste. Vamos precisar observar para ver se essa tendência se confirma”, disse.
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