Os brasileiros estão optando por não divulgar dados e outros tipos de informações particulares na web – mas o número de pessoas que disponibilizam informações na web ainda é alto.

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De acordo com pesquisa encomendada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), das 1.000 pessoas ouvidas em junho na cidade de São Paulo, 73,2% fornecem apenas informações básicas (como nome, cidade e data de nascimento) nas redes sociais. Outros 8,8% optam por não fornecer nenhum tipo de dado na web. Ou seja, apenas 18% dos usuários ainda postam informações detalhadas ou específicas, como moradia e local de estudos e trabalho.

Cuidado com as crianças

Muitas pessoas que responderam à pesquisa da Fecomércio afirmam tomar maior cuidado com menores de idade na internet. Dos que possuem a tutela de crianças, 85,1% admitem que controlam a utilização da web, seja permitindo uso apenas na presença de responsável (65,7%), por meio de aplicativos que controlam a utilização (15,7%) ou ainda por possuir a senha do menor (5,2%).

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A pesquisa ainda mostra que 29,9% dos usuários de redes sociais – que usam predominantemente Facebook (88,9%), WhatsApp (85,1%) e Instagram (35,4%) – não bloqueiam conteúdo para quem não faz parte da rede de relacionamentos. Assim, qualquer pessoa pode ter acesso ao que é publicado e compartilhado em seus perfis.

Para Renato Opice Blum, presidente do Conselho de IT Compliance e Educação Digital da FecomercioSP, o número de pessoas que protegem os dados é baixo. “Não divulgar dados é algo positivo para usuários, já que há uma dificuldade de proteger essas informações”, comenta.

Medo da web

O motivo de proteger tais dados, porém, parece não refletir em más experiências. Segundo a mesma pesquisa, apenas 9,8% dos usuários foram vítimas de uso indevido de informações pessoais postadas nas redes sociais e 96,7% indicaram que nunca usaram indevidamente informações de terceiros obtidos pelas redes sociais.

O número de usuários que sofreram bullying, assédio ou algum tipo de perseguição por causa de dados disponibilizados em redes sociais também é baixo, apesar de ser mais expressivo: 13,1% indicaram ter passado por essa experiência.

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Para Renato Opice Blum, o receio de divulgar dados deve diminuir com o avanço da legislação. “Em um curto espaço de tempo, o número de pessoas receosas em postar na web tende a crescer. Em longo e médio prazos, porém, esse número deve diminuir por causa da legislação, que dará maior segurança ao usuário.”