Fachada do CFM| Foto: Reprodução
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O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, afirmou no Programa Direto ao Ponto desta segunda-feira (2), da Jovem Pan, que desconhece a existência de estudos consolidados favoráveis à vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19. Para ele, a princípio, a vacinação experimental dessa população não se justificaria pelo baixo índice de casos graves e de mortes por Covid-19 nesta faixa etária.

"Alguns países estão fazendo, mas não existem estudos de vacinação nesta faixa etária. Estão querendo fazer aqui, o Ministério [da Saúde] se manifestou... a princípio, nós somos contra. Porque se você for ver o índice de casos graves e de mortes dessa população, aparentemente, não se justificaria a vacinação. Nós não sabemos quais são os estudos que estão apontando nesta direção, porque nós desconhecemos estudos sobre vacinas em crianças", disse o presidente do CFM.

No último sábado (31), o governador de São Paulo João Doria anunciou o desejo de vacinar crianças e jovens entre 3 e 17 anos e confirmou que o Instituto Butantan já havia solicitado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a permissão para imunizar pessoas nesta faixa etária. Perguntado sobre o fato no programa, o presidente do CFM repetiu que não existe fundamento para isso.

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"Está se preconizando isso, mas baseado em quê? Porque quando nós falamos em pessoas acima de 60 anos, está tudo bem, era quem mais morria naquela primeira cepa. Quando veio a [variante] P1 [da Covid-19], diminuiu essa faixa etária de mortes. Agora, mortes entre crianças e adolescentes, o número é ínfimo, inclusive de sintomas nessa população. Então, nós desconhecemos a justificativa para esse tipo de atitude", afirmou.