Uma pesquisa argumenta que países em que o cristianismo tem apoio ou proteção do Estado estão mais sujeitos a terem decréscimo no número de cristãos. O estudo foi publicado em abril desde ano na revista Sociology of Religion, da Universidade Oxford.
Segundo os autores, Nilay Saiya e Stuti Manchanda, há uma relação direta entre o crescimento do Cristianismo e o apoio dado a ele pelo Estado. Ao analisar uma amostra de 166 países de todo mundo, eles concluíram que à medida em que aumenta o apoio governamental ao cristianismo, o número de cristãos diminui significativamente. Por outro lado, o estudo mostra que o cristianismo se espalha com mais sucesso em países com um compromisso legal com o pluralismo religioso e países que discriminam ativamente a fé cristã.
Dos 10 países pesquisados que apresentaram as maiores taxas de aumento no número de habitantes que se identifica como cristão (Tanzânia, Malawi, Zâmbia, Uganda, Ruanda, Madagascar, Libéria, Quênia, Congo e Angola), apenas em um deles, Tanzânia, o governo mostra algum tipo de apoio ao cristianismo.
Já entre os 10 países que apresentam maior declínio da população cristã (República Tcheca, Bulgária, Letônia, Estônia, Albânia, Moldávia, Sérvia, Alemanha, Lituânia e Hungria), nove possuem governos que oferecem suporte moderado ou alto para o cristianismo. Alguns, inclusive, declaram ter o cristianismo como religião oficial, como a Hungria.