Após ter suas contas nas redes sociais suspensas, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) viajou para os Estados Unidos. Por meio de nota enviada pela sua assessoria de imprensa, a parlamentar disse estar cumprindo uma agenda pessoal de compromissos e aproveitando a ocasião “para estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”. Não foi informada a data da viagem.
No comunicado, ela disse que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de bloquear todos os seus canais de comunicação, inclusive o WhatsApp, teria como objetivo “controlar o fluxo de informações e conter uma das maiores vozes conservadoras da internet com mais de 9.520.000 seguidores em sete redes sociais”.
No último sábado (29), véspera do segundo turno das eleições, Zambelli se envolveu em uma confusão ao sair de um restaurante, em São Paulo, e foi criticada por apontar uma arma para um homem na rua. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou no domingo (30), uma notícia-crime à Procuradoria-Geral da República contra a parlamentar e deputados de oposição pedem se organizam para pedir a cassação da deputada na Câmara dos Deputados. Em nota encaminhada pela assessoria, Zambelli explicou que agiu por “autodefesa” e que “as imagens (do vídeo) falam por si”. Em coletiva de imprensa, no domingo (30), o ministro Alexandre de Moraes informou que o caso da deputada será analisado pelo STF.