O Conselho Nacional de Educação (CNE) emitiu ontem (14) um parecer recomendando que o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) passe a ter questões discursivas, além das de múltipla escolha. Outra mudança proposta é que no segundo dia do exame o estudante faça uma prova relativa à sua área de formação e interesse. O documento levou em conta as mudanças no ensino médio, que começam a vigorar a partir deste ano em todo país e foi aprovado por unanimidade pelos conselheiros. Ainda assim, a decisão final sobre como será o novo Enem não foi tomada.
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Em nota divulgada nesta terça-feira (15), o Ministério da Educação (MEC) explicou que o CNE é apenas um dos órgãos que está trabalhando no Grupo de Trabalho (GT) criado pelo ministério em dezembro de 2021 para discutir possíveis mudanças no Enem. Além do CNE, integram o GT representantes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Secretaria de Educação Básica (SEB) e sociedade civil. Segundo o MEC, foram já feitas 12 reuniões na tentativa de “chegar a um modelo de consenso entre especialistas e representantes das redes estaduais, universidades e institutos e o próprio CNE”.
Ainda de acordo com o MEC, a decisão sobre o novo Enem somente ocorrerá após a conclusão desse grupo de trabalho e será amplamente divulgada à sociedade. "O parecer do CNE lançado ontem antecipou discussões ainda em andamento no GT, do qual o CNE também faz parte", explicou o MEC.