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O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) denunciou a autoridades, nesta terça-feira (16), uma série de ameaças contra ele e a própria família feitas em um grupo de WhatsApp onde "militantes de esquerda" estariam organizando uma manifestação em frente a sua casa, em Goiânia (GO).
Diante das ameaças, o parlamentar abriu um boletim de ocorrência e reforçou a segurança nas proximidades de sua residência. "Não posso deixar meus filhos sozinhos aqui correndo o risco de serem atacados por esses 'professores' militantes de esquerda. Estamos elaborando um sistema de segurança para proteger meus filhos e esposa. Nós sabemos do que essas pessoas são capazes", escreveu.
Nas conversas divulgadas pelo parlamentar, constam mensagens como: "é preciso frear esse vagabundo super fascista" e "contra Gustavo Gayer e todos os filhotes dele". Segundo Gayer, o grupo teria se mobilizado após o policial federal Fabrício Rosa, ativista LGBT e cofundador do movimento "policiais antifascismo", divulgar um vídeo no último sábado (13) convocando as pessoas a participarem de um evento para "enfrentar a extrema direita fascista que vem tentando censurar os alunos e professores do Brasil", na segunda (15).
Em vídeo publicado nas redes sociais, Gayer atribuiu as ameaças contra ele à sua luta contra a doutrinação nas salas de aula. Desde o início da nova legislatura, na Câmara dos Deputados, ele tenta criar uma Frente Parlamentar pela Educação sem Doutrinação Ideológica e promoveu no final de março um evento para debater casos de doutrinação nas escolas brasileiras.