Alegando que a instituição de ensino teria “nítido aparelhamento ideológico de viés socialista” e que até agora nenhum professor ou aluno da instituição ganhou um Prêmio Nobel, o deputado Anderson Moraes (PSL) quer extinguir a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Ele divulgou a proposta nas suas redes sociais.
Em projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o deputado pede que, após a extinção, os bens móveis e imóveis da UERJ sejam cedidos à iniciativa privada ou leiloados. Posteriormente, os recursos financeiros obtidos com o processo seriam usados pelo poder público para conceder bolsas de estudos para estudantes carentes ou de baixa renda.
Em relação à área de pesquisa da UERJ, o deputado propõe que seja transferida para outras universidades estaduais, como o Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO) e a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). Além disso, funcionários e professores da instituição seriam remanejados para outros órgãos ou universidades estaduais ou ainda aderir a um plano de demissão voluntária.
Na justificativa da proposta, o deputado argumenta que o objetivo é “trazer mais eficiência ao ensino superior do Estado com redução de despesa, aumento da receita estadual e liberação ideológica dos estudantes”. Mais adiante no texto, o deputado se queixa das frequentes pixações, faixas e cartazes colocadas na UERJ. No entender do deputado, essas manifestações estariam agredindo e intimidando outras linhas de pensamento, como o conservador e o liberal. Dessa forma, diz o deputado, estariam “extrapolando a liberdade de expressão e gerando violência psicológica e até física ao ambiente acadêmico”.