O ex-jogador de vôlei Maurício de Souza.| Foto: Reprodução
Ouça este conteúdo

O ex-jogador de vôlei Maurício Souza, demitido do time em que jogava, o Minas Tênis Clube, por criticar o ativismo LGBT no esporte e em animações, foi indicado para receber o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo (Alesp). Mas a entrega da honraria, marcada para o dia 9 de maio, está ameaçada. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alesp, deputado Emídio de Souza (PT), prometeu nesta segunda (2) trabalhar pelo cancelamento da homenagem ao ex-jogador. Segundo o deputado petista, “homenagear atleta homofóbico apequena a imagem da Alesp”.

>> Faça parte do canal de Vida e Cidadania no Telegram

Em outubro do ano passado, Maurício Souza usou suas redes sociais para criticar a ideologia de gênero. Em uma das postagens, ele questiona o uso da linguagem neutra em novela da Rede Globo; em outro, criticou o fato de a DC Comics ter caracterizado o atual Super-Homem como bissexual. Por fim, ele postou uma foto crítica à inclusão de Gabrielle Ludwig na equipe feminina de basquete dos EUA. Ludwig era da Marinha Americana, mudou de sexo e fez cirurgia aos 50 anos, e fisicamente é maior e mais forte que as outras atletas. Pelas postagens, o jogador foi taxado de homofóbico, foi alvo de críticas e acabou sendo demitido do time mineiro.

Publicidade

A homenagem ao ex-jogador foi proposta pela deputada Letícia Aguiar (Progressistas), que entendeu que as manifestações de Souza foram “em defesa das crianças”. "A liberdade de expressão é um dos direitos essenciais do ser humano, o Mauricio Souza, desde 2021 recebeu meu total apoio, e não só pelo grande atleta que foi como campeão olímpico, mas também pela coragem com que se posicionou contra a ideologia de gênero e a sexualização das crianças", disse a parlamentar sobre a homenagem.

Já para o deputado petista, a honraria seria inadequada. “Lamentável que deputados bolsonaristas em vez de homenagear pessoas que têm se destacado ajudando as pessoas a ter comida na mesa, se preocupam em homenagear quem destila ódio e preconceito. O presidente da Alesp deveria barrar essa homenagem”, disse o parlamentar.