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O programa infantil Peppa Pig apresentou um casal homoafetivo pela primeira vez após 18 anos de exibição, na última terça-feira (6), no Reino Unido. Em uma cena do episódio Families aparece uma personagem que, enquanto desenha o retrato da família, diz: “Eu moro com minha mamãe e com minha outra mamãe. Uma mamãe é médica e outra mamãe cozinha espaguete”.
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A presença de conteúdo LGBT na programação infantil não significa que as crianças que consomem esse tipo de programação vão se tornar gays ou transexuais. Contudo, se os estudos sobre a influência da TV sobre as crianças estiverem corretos, é provável que elas se tornam no mínimo mais inclinadas a adotar posições menos ortodoxas em temas como o casamento gay ou a mudança de gênero.
O Stanford Children’s Health, da Universidade de Stanford, por exemplo, adverte os pais sobre os cuidados com conteúdos televisivos - embora não mencione especificamente a questão da homossexualidade. “Conforme as crianças crescem e se desenvolvem, elas podem facilmente ser influenciadas pelo que elas veem e escutam, especialmente nas mídias digitais”, diz o texto, explicando que essa categoria abarca a TV, a internet e smartphones.
Como os desenhos com temática LGBT são recentes, não existem estudos aprofundados sobre o efeito desse tipo de conteúdo sobre as crianças. Mas há indícios de que o consumo de conteúdo sobre transexualidade na internet está associado a um fenômeno chamado de “disforia de gênero de desenvolvimento rápido”. O termo, cunhado pela pesquisadora Lisa Litmann, da Universidade de Brown, se refere a adolescentes, geralmente do sexo feminino, que passam subitamente a se identificar como transexuais, em parte por causa da influência do meio e da pressão de colegas.
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