O estado de São Paulo quer intensificar o ensino presencial nas redes pública e particular no segundo semestre. Com a vacinação dos professores e outros funcionários da educação, que começa nesta sexta-feira (11), a ideia é liberar as escolas para receberem mais estudantes. Hoje, elas podem atender até 35% deles por dia. O plano do secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, é acabar com os índices de ocupação e focar apenas no cumprimento dos protocolos de saúde. Alguns deles são manter salas arejadas, circulação livre e horários diferentes de intervalo para não levar a aglomerações, uso de máscara e de álcool gel.
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Para ampliar a capacidade das salas de aulas, o governo de São Paulo pretende reduzir o distanciamento entre os alunos. Assim, as unidades de ensino terão de respeitar o distanciamento de 1 metro e não mais o de 1,5 metro.
Rossieli diz ainda que vai estudar durante o mês de julho uma possível obrigatoriedade da presença de alunos em agosto. Atualmente, como o estado de SP se encontra na fase vermelha, as famílias podem decidir ou não enviar seus filhos. A presença de estudantes nas escolas estaduais tem sido de cerca de 1,8 milhão dos 3,5 milhões - diferentemente do que ocorre nas particulares, cuja presença atinge percentuais mais elevados.
A flexibilização na ocupação das escolas já era um pedido dos colégios particulares e de movimentos de pais, como o Escolas Abertas. Para Lana Romani, uma das fundadoras do grupo, o governo já deveria fazer a mudança neste mês. "Não se pode perder mais nenhum dia, temos de lembrar que as crianças ficaram mais de um ano sem aulas", diz. "Nenhum setor deixou de avançar na fase de transição, só a educação."