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O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou nesta quinta-feira (11), via Twitter, que o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, têm de responder por crime contra a saúde pública por terem defendido o uso de ivermectina contra o coronavírus. A motivação para o tuíte foi a notícia de que uma mulher teria desenvolvido hepatite após o consumo do medicamento.
Como o próprio deputado destacou no tuíte, a mulher em questão teria feito uso abusivo da ivermectina. Não há consenso científico sobre a eficácia da ivermectina para o tratamento da Covid-19, mas é comum esperar efeitos colaterais graves da superdosagem de qualquer droga ou medicamento.
Freixo já se disse favorável ao debate sobre a "progressiva legalização" da maconha e é autor de um projeto de lei para regularizar o uso da maconha medicinal. Da mesma forma que o uso inadequado da ivermectina pode ter efeitos graves, o uso inadequado de substâncias derivadas da Cannabis sativa pode provocar quadros psicóticos, esquizofrenia, efeitos paranoicos, problemas respiratórios, depressão e ansiedade.