O Google lançou no sábado (2) uma campanha publicitária contra o projeto de lei das Fake News (PL 2.630/2020), em mais uma manifestação contra a proposta. A alegação é que caso o projeto seja aprovado, a empresa poderia ser obrigada a financiar notícias falsas. Com esse argumento, o Google pagou anúncios, que foram publicados no domingo (3), nas edições impressas dos jornais O Globo, Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo, e Correio Brasiliense, além de divulgar mais um texto sobre a sua visão do PL, assinado por Fabio Coelho, presidente da plataforma no Brasil.
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A iniciativa do Google ocorre depois da apresentação da nova versão da PL das Fake News pelo deputado Orlando Silva (PCdoB), relator do projeto na Câmara (leia aqui a última versão do texto). Segundo o Google, como o PL prevê que empresa pague por "conteúdos jornalísticos", sem uma definição precisa do que poderia ser assim classificado, a exibição de sites em resultados de pesquisa poderia gerar um custo à plataforma, prejudicando "profundamente o funcionamento de um serviço gratuito e aberto que foi construído para atender a todos". A plataforma informou ainda que mantém um programa que remunera 60 veículos de imprensa no Brasil, como ocorre em países como a Alemanha.
Em suas redes sociais, Silva afirmou que o Google está mentindo sobre o PL. "A verdade é que o Google usa conteúdo alheio para enriquecer, não tem ética e nem solidariedade com quem produz informação. Querem ganhar sozinhos. TUBARÕES DA INTERNET!", afirmou em seu perfil no Twitter.
O texto anterior do PL foi considerado vago e com poucas definições por especialistas. Em relação à nova versão, em entrevista à Agência Câmara, Silva disse já ter encaminhado o texto para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e que espera que o requerimento da urgência para a matéria possa ser votado nesta semana. Se o pedido for aprovado, a votação do projeto no Plenário poderá ser concluída ainda em abril.
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