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O governo de Santa Catarina editou um decreto que veta o uso da linguagem neutra nas escolas públicas e privadas do estado. O decreto foi assinado nesta terça-feira (15) pelo governador Carlos Moisés (PSL) e entrou em vigor nesta quarta (16). Segundo o governo catarinense, a decisão atende a uma sugestão da deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL).
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Segundo o governo estadual, a medida afeta o material didático, as provas, a grade curricular, comunicados e editais de concursos. O decreto não menciona especificamente a linguagem neutra, mas determina que a norma culta da língua portuguesa seja adotada em qualquer tipo de material produzido pelas escolas.
”Na prática, o conteúdo não fará referência à linguagem do gênero neutro, inexistente na língua portuguesa e que apresenta contrariedade às regras gramaticais consolidadas no país”, explica o comunicado do governo de Santa Catarina.
A chamada linguagem neutra é defendida por parte dos militantes LGBT como uma forma de como forma de evitar o que, na visão deles, constitui o viés machista e transfóbico da língua portuguesa. Uma dos princípios da linguagem neutra é a substituição dos pronomes “dele” e “dela” por palavras como “dili” ou “delx”, ou ainda a troca de todos e todas por todes ou todxs.