O juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível do Rio de Janeiro, determinou, na terça-feira (28), que a que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) explique a ausência do número 24 nas camisas da seleção brasileira na Copa América. A CBF tem 24 horas para responder aos questionamentos sob pena de multa diária.
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A decisão faz parte de uma ação movida pelo grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT. O grupo alega que o fato de a numeração da seleção brasileira pular o número 24 – que possui uma conotação cultural relacionada à homossexualidade – trata-se de uma “ofensa à comunidade LGBT” e a uma “atitude homofóbica”.
De acordo com a deliberação do juiz, que decidiu publicá-la na data em que é celebrado o "Dia do Orgulho LGBT, a medida tem a ver com a adoção de medidas afirmativas no âmbito das práticas esportivas “com ênfase para aqueles esportes tradicionalmente considerados no universo masculino”.
“E, como no Brasil a popularidade do futebol, esporte que ainda se insere nessa tradição masculina, ainda não foi suplantada por outro, sobressai-se a importância da adoção dessas medidas no contexto das suas competições”, citou o juiz na decisão.