Vivinae Arronenzi, juíza morta a facadas pelo ex-marido no Rio de Janeiro. “Ato covarde”, escreveu Fux, presidente do STF.| Foto: Divulgação
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A Justiça do Rio de Janeiro bloqueou R$ 640 mil de Paulo José Arronenzi, engenheiro que matou a facadas sua ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi. O entendimento para justificar o bloqueio foi de que, por ter cidadania italiana, o assassino poderia, mesmo preso, transferir dinheiro para o país europeu por meio de terceiros.

O valor bloqueado, agora, passa a ficar disponível para uma futura indenização por danos morais e para garantir o sustento das três filhas do casal — que presenciaram, no último dia 24, o feminicídio da mãe. O pedido de arresto foi feito pelas meninas, todas menores de idade, em nome da avó, e concedido neste sábado (26) pelo juiz João Guilherme Chaves Rosas Filho durante o Plantão Judiciário. O processo está sob segredo de Justiça.

Filmado por uma testemunha, o crime ocorreu na quinta-feira (24), na frente das filhas — duas gêmeas de 7 anos e uma de 9 anos — na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. O corpo de Viviane foi cremado na manhã deste sábado no bairro do Caju, na região central do Rio. O caso gerou comoção e despertou manifestações de órgãos do Judiciário.

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux, divulgou nota oficial em que os órgãos "se comprometem com o desenvolvimento de ações que identifiquem a melhor forma de prevenir e de erradicar" o feminicídio. Há três meses, a juíza chegou a denunciar o ex-marido por lesão corporal e ameaças.