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CPI da Covid-19

Médicos divulgam carta de apoio à médica Mayra Pinheiro

A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Mayra Pinheiro, será ouvida na CPI da Covid nesta terça-feira (25). (Foto: Anderson Riedel/PR)

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Mais de mil médicos, com seus respectivos registros nos conselhos regionais de medicina, assinaram uma carta pública de apoio à médica Mayra Pinheiro, Secretária do Trabalho e da Gestão do Ministério da Saúde, que depõe nesta terça-feira (25), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. A CPI da Covid-19 investiga se o governo federal prejudicou a população ao sugerir o uso de um coquetel de medicamentos no combate inicial da Covid-19, dentre eles a cloroquina.

"O movimento médico brasileiro que preza pela medicina de qualidade, representado por todos os profissionais médicos que subscrevem esta carta, vem a público manifestar seu irrestrito apoio à Dra. Mayra Pinheiro", diz a carta (leia na íntegra). "A CPI da COVID, centro dos holofotes do congresso nos últimos dias, tem politizado questões médicas e científicas. A grande mídia, por sua vez, acaba criando rótulos, como o caso da Dra. Mayra, apelidada de 'Capitã Cloroquina'. Não podemos deixar que alguém que defenda a classe médica, de forma técnica e científica, seja exposto dessa maneira à opinião pública. Reconhecida por sua luta pela medicina de qualidade, com a consequente melhoria para a saúde da população, Dra. Mayra merece respeito, além da gratidão de toda classe médica", afirmam.

Mayra Pinheiro continua defendendo o chamado "tratamento precoce", ou seja, o uso de um coquetel de medicamentos na fase inicial da Covid-19, cujas evidências não são ainda definitivas. De fato, há estudos que sugerem que esses medicamentos não funcionam, como uma pesquisa importante do British Medical Journal. Mas também há pesquisas apontando o contrário. Por isso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) se negou a proibir o uso desses remédios e condenou o uso político do tema. Recentemente, entidades médicas desaprovaram nota da Associação Médica Brasileira (AMB), que pedia o banimento do tratamento precoce, postura considerada por elas como anticientífica.

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