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Na Câmara dos Deputados

Em crítica a “milícias digitais”, Barroso diz que praticam “cristianismo do mal no Brasil”

Barroso criticou as milícias digitais na Câmara dos Deputados
Barroso criticou as milícias digitais na Câmara dos Deputados (Foto: Reprodução / Câmara dos Deputados)

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, foi à Câmara dos Deputados na quarta-feira (09) para participar de um debate sobre voto impresso, sistemas eleitorais e combate às notícias falsas. Quando perguntado sobre ações de combate às fake news e sobre os ataques às instituições democráticas, Barroso criticou grupos que chamou de "milícias digitais" e afirmou que eles praticam uma espécie de “cristianismo do mal no Brasil”. A frase pode ser encontrada no vídeo publicado no canal da Câmara dos Deputados no YouTube a partir de 2h00min07s (a resposta completa começa em 1h59min35s e segue até 2h01min05s).

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“É uma pena que existam no Brasil essas milícias digitais que disseminam ódio, mentiras, teorias conspiratórias. Enfim, escrevem coisas horríveis sobre as pessoas. Tem uma espécie de cristianismo do mal no Brasil, uma inovação horrorosa, em que o sujeito fala: ‘Em nome de Deus, eu quero que você morra. Em nome de Jesus, eu quero que sua família seja destruída’. Quer dizer: é tão absurdo isso, pessoas totalmente do mal que invocam a religiosidade das pessoas”, disse Barroso na Câmara dos Deputados.

Na sequência, ainda na resposta sobre ataques às instituições e milícias digitais, Barroso disse que não se referia às críticas pessoais e nem ao bom humor e comentou: “Toda semana - eu só uso meu Twitter para matérias institucionais -, mas sexta-feira eu sempre posto uma sugestão de livro, música e poesia. E todas as semanas, essa é a parte divertida, me mandam ler a Constituição e a Bíblia. Justo eu que passei a minha vida lendo a Constituição e ainda sou filho de mãe judia e pai católico, de modo que eu li o Velho Testamento e o Novo Testamento. O problema não é a crítica, nem a crítica pessoal,  mas o ataque às instituições nós precisamos coibir”, afirmou o ministro do STF.

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