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Impasse com universidade

Ministério da Saúde deve publicar portaria contra aborto por telemedicina

Ministério da Saúde deve publicar portaria contra aborto por telemedicina
Ministério da Saúde deve publicar portaria contra aborto por telemedicina (Foto: Pexels)

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A disputa judicial sobre a cartilha do aborto, elaborada pela Universidade de Uberlândia, deve ganhar novos capítulos em breve. A Gazeta do Povo apurou que o Ministério da Saúde prepara uma portaria reafirmando que a realização de abortos em casa, com orientação médica a distância, desrespeita os procedimentos estabelecidos para o SUS e fere risco à saúde das gestantes.

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A controvérsia teve início quando o Hospital das Clínicas da universidade elaborou uma cartilha afirmando que o aborto pode ser realizado por meio de telemedicina (ou seja, em casa) devido às regras em vigor durante a pandemia. A própria unidade de saúde realizou pelo menos 15 procedimentos dessa forma, sem qualquer atendimento presencial.

Como resposta, representantes da Procuradoria da República em Minas Gerais e da Defensoria Pública da União entraram em ação: os órgãos pediram que a Anvisa, o Ministério da Saúde e o Conselho Federal de Medicina (CFM) atuassem para impedir a prática. O Ministério da Saúde, em resposta, emitiu uma nota informativa afirmando que o aborto não pode ser realizado por telemedicina. Mas, depois disso, outros representantes do MPF - procuradores locais de Uberlândia - se posicionaram a favor da cartilha, o que criou um impasse.

Agora, a expectativa é de que a portaria do Ministério da Saúde ajude a impedir que o hospital continue realizando abortos a distância. “A portaria vai ter uma força muito grande no posicionamento final do CFM, que ainda não se posicionou. A Anvisa já tem um posicionamento técnico claro e o Ministério da Saúde também. Com o CFM, vai ficar insustentável querer forçar uma prática totalmente ilegal, com os órgãos de saúde todos apontando em uníssono a ilegalidade e os riscos advindos dessa prática”, afirma o Fernando de Almeida, procurador Regional dos Direitos do Cidadão em Minas Gerais.

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