A Fundación Más Vida, organização argentina voltada a ações pró-vida, denunciou à justiça do país o caso de um aborto feito em uma mulher com 25 semanas de gestação. Pela lei argentina do aborto, a interrupção da gravidez é permitida até a 14ª semana de gestação. Após esse prazo, só há a permissão se a gravidez tiver sido produto de um estupro ou oferecer risco à saúde da mãe. O caso teria acontecido no Hospital Universitário Saavedra, do Centro de Educação Médica e Pesquisas Clínicas (CEMIC), em Buenos Aires.
Segundo a denúncia recebida pela Más Vida, o caso teria ainda mais um agravante. A criança abortada seria saudável, mas apresentava uma má formação em uma das mãos. Assim, denuncia o grupo, o aborto teria tido motivação “eugênica e profundamente discriminatória”. O caso foi levado à Câmara Criminal e Correcional Nacional e aceito pelo Ministério Público argentino, mas até agora não houve avanço na tramitação.
Em um vídeo postado nas redes sociais do grupo, o presidente da Más Vida, Raúl Magnasco, disse que espera uma resposta rápida da justiça argentina. “Em um país onde se proclama a inclusão de crianças com deficiência, exigimos a investigação e a imediata condenação dos culpados”, ressaltou.