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O Ministério Público Federal (MPF) se opôs, nesta quinta-feira (23), ao pedido da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) para incluir o também deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) em um dos inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura as manifestações do dia 8 de janeiro. A parlamentar solicitou que o STF impusesse medidas cautelares ao parlamentar pelo discurso feito no dia 8 de março, Dia da Mulher.
Usando uma peruca, o parlamentar mineiro disse que "mulheres estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres". A deputada alega que o discurso teria ofendido transexuais. Na solicitação, ela também pediu que as redes sociais de Nikolas fossem suspensas.
Em sua manifestação, o Subprocurador Geral da República, Carlos Frederico Santos, afirmou que o ocorrido não tem relação com o Inquérito 4.923/DF, que apura a participação de autoridades nos atos do dia 8 de janeiro. "No entanto, os pedidos formulados em desfavor do Deputado Federal Nikolas Ferreira relacionam-se a fato ocorrido em 8 de março do presente ano, sem conexão com os atos atentatórios contra o Estado Democrático de Direito", disse.
Em razão disso, o MPF recomentou que a petição seja redistribuída ao ministro André Mendonça, relator de outros processos ingressados no STF contra Nikolas Ferreira.