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Uma mulher se tornou mãe adotiva cinco anos depois de sua morte, ocorrida em 2016, após uma decisão da Justiça da Paraíba no último dia 17. Ela cuidava de uma menina junto com seu marido, que ainda é vivo e também se tornou pai adotivo, desde que a criança tinha um ano de idade.
O direito à adoção post-mortem foi concedido pelo juiz Adhailton Lacet, da 1ª Vara da Infância e da Juventude de João Pessoa. "Analisando o caso dos autos, verifica-se que se trata de um caso em que a adotanda conviveu desde um ano de idade com os requerentes, ora promoventes, tendo tido pouquíssimo ou nenhum contato adequado, com a sua família biológica, notadamente, a sua genitora", disse o magistrado na decisão.
"Foi constatado que enquanto a segunda promovente esteve viva, ofertou amor, carinho e cuidado necessários para o seu bom desenvolvimento. Os vínculos de afeto foram devidamente constatados através do relatório da equipe, por meio do depoimento da própria adotanda e de prova testemunhal", acrescentou. A adoção teve o consentimento da mãe biológica da menor.