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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a favor da prisão domiciliar de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, detido em Belo Horizonte por proferir ameaças a magistrados da Suprema Corte e alguns membros do PT em um vídeo publicado na internet.
A manifestação da PGR é da vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo , braço-direito do procurador-geral, Augusto Aras. Publicada neste domingo (31), ela defende que "medidas cautelares diversas da prisão preventiva são suficientes para impedir a reiteração delitiva e assegurar a eficácia da investigação".
Além da prisão domiciliar com monitoramento eletrônico, Lindôra o proibiu de conceder entrevistas e pediu o bloqueio de canais digitais e de grupos no Instagram e Whatsapp. Dessa forma, Ivan Rejane também fica proibido de criar listas de transmissão nas redes sociais.
A Polícia Federal (PF) havia determinado no sábado (30) a prisão preventiva de Ivan Rejane, autointitulado 'Terapeuta Papo Reto". Para a corporação, a conduta de Ivan Rejane está "inserida em um contexto mais abrangente de acirramento dos ânimos, do estímulo ao enfrentamento a oponentes políticos e de tentativas de enfraquecimento do Poder Judiciário, o qual inclusive é incumbido da realização do pleito eleitoral que se avizinha".
As manifestações da PGR e da PF serão analisadas pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão temporária de Ivan Rejane no âmbito do inquérito que apura disseminação de notícias falsas e ameaças contra autoridades. Para o magistrado, Ivan praticou os crimes de associação criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito ao proferir ameaças e propor a destituição dos ministros do STF e sua expulsão do país. A defesa de Ivan ainda não se pronunciou sobre o caso.