Mauricio Macri, ex-presidente da Argentina, afirmou nesta sexta-feira (3) que governos populistas arruinaram a economia de diversos países no mundo usando o estado de emergência da pandemia da Covid-19 como pretexto. “As pessoas poupam durante anos para se aposentar e, usando como desculpa a pandemia, [os governos] começaram a tirar das poupanças para resolver o problema”, disse Macri na I Conferência Internacional da Liberdade, em São Paulo, em painel com o ex-presidente do Brasil Michel Temer.
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O argentino destacou que “rapidamente o ser humano se acostuma a não trabalhar”, e que isso pode acabar sendo um dos efeitos colaterais do investimento de “trilhões de dólares para que as pessoas ficassem em casa” ao redor do mundo. Outra consequência nociva, segundo Macri, é uma cultura do medo que beneficia os populistas. Para ele, houve durante a pandemia uma “ditadura dos epidemiologistas, que prognatiscaram coisas terríveis que não aconteceram”.
Segundo o ex-presidente, não só na pandemia, mas ao longo de décadas, os populistas de seu país “atacaram sistematicamente a cultura do trabalho”, criando uma massa de argentinos que não querem trabalhar. “O populismo quer que todos dependam do governo, da sua discricionariedade”, disse. No entanto, para Macri, uma “sã rebelião a favor da liberdade está tomando uma força que nunca teve antes”.