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A corregedoria da Controladoria-Geral da União (CGU) instaurou um processo administrativo disciplinar contra dois professores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) por terem preferido "manifestação desrespeitosa e de desapreço" contra o presidente Jair Bolsonaro. Os docentes em questão, Eraldo dos Santos Pinheiro e Pedro Rodrigues Curi Hallal, assinaram nesta semana, como consta no Diário Oficial, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) - instrumento de natureza consensual e que não possui caráter punitivo.
Segundo a CGU, as declarações foram dadas pelos professores durante transmissão ao vivo nos canais oficiais do Youtube e do Facebook da UFPel. O que, na prática, afirma o órgão, configura como "local de trabalho" por ser um meio digital de comunicação online disponibilizado pela universidade. Uma das falas que motivou a abertura do processo afirmava que Bolsonaro "tentou dar um golpe na comunidade". "Nada disso estaria acontecendo [suposta intervenção nas eleições para reitor] se a população não tivesse votado em defensor de torturador, em alguém que diz que mulher não merecia ser estuprada ou no único chefe de Estado do mundo que defende a não vacinação da população", afirmou.