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O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região quer que a fábrica da LG no Brasil, localizada em Taubaté (SP), seja estatizada pelo Governo Federal. As instalações seriam controladas pelos funcionários e passariam a produzir celulares de marca brasileira. A ideia surgiu após a fábrica sul-coreana anunciar o encerramento de sua produção de celulares, e transferência da linha de produção de notebooks de Taubaté para Manaus.
Desde o início de abril, trabalhadores da LG e de três empresas fornecedoras estão em greve. Eles tentam negociar com a empresa sul-coreana, mas sem sucesso. Na mais recente tentativa de acordo, em 26 de abril, a empresa rejeitou os termos propostos pelo Tribunal Regional do Trabalho. A proposta previa, além das verbas rescisórias, o pagamento de indenizações que variavam de R$ 9.350 a R$ 51 mil. Diante da possibilidade da perda dos empregos, o sindicato que representa a categoria quer que o Governo Federal interfira e estatize a sede da fábrica em Taubaté.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Weller Gonçalves, defende que a proposta é viável e pode ser uma saída para evitar o desemprego dos trabalhadores afetados. “Em nossa avaliação, o governo deveria estatizar quaisquer empresas que resolvessem fechar ou demitir em massa, para, assim, garantir os empregos do povo brasileiro”, defendeu na página oficial do sindicato.