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O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio Mello, criticou neste domingo (4) a decisão do colega na Corte, ministro Kássio Nunes Marques, de liberar a realização de cultos e missas com a presença de fiéis. A decisão de autorizar as celebrações com distanciamento social e 25% da capacidade ocorreu no sábado (3).
"O novato, pelo visto, tem expertise no tema. Pobre Supremo, pobre Judiciário. E atendeu a Associação de juristas evangélicos. Parte legítima para a ADPF? Aonde vamos parar? Tempos estranhos!", disse Marco Aurélio ao Estadão.
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse que não seguiria a decisão do Supremo na capital mineira. Nunes Marques, por sua vez, reagiu à declaração de Kalil e o intimou, devendo o prefeito esclarecer em 24 horas as providências tomadas para seguir o entendimento do ministro. Em BH, por determinação da arquidiocese, as missas estão sendo realizadas somente com transmissão online.
Além da reação de Kalil, a posição de Nunes Marques também foi contestada pelo partido Cidadania, que pediu ao presidente do STF, ministro Luiz Fux, que derrube a decisão. A decisão do ministro ainda não tem data para ser referendada pelo plenário do STF.