O juiz Marco Antonio Martins Vargas, auxiliar do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), proibiu que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) crie novos perfis em redes sociais até a diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República, prevista para 19 de dezembro. A pena em caso de desobediência é de R$ 100 mil por nova conta detectada.
Zambelli teve suas contas nas redes sociais suspensas, por decisão do próprio TSE, depois do segundo turno das eleições. Depois disso, a parlamentar viajou aos Estados Unidos para cumprir "agendas pessoais" e " estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas".
No último sábado (29), véspera do segundo turno das eleições, Zambelli se envolveu em uma confusão ao sair de um restaurante, em São Paulo, e foi criticada por apontar uma arma para um homem na rua. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou no domingo (30), uma notícia-crime à Procuradoria-Geral da República contra a parlamentar e deputados de oposição pedem se organizam para pedir a cassação da deputada na Câmara dos Deputados. Em nota encaminhada pela assessoria, Zambelli explicou que agiu por "autodefesa" e que "as imagens (do vídeo) falam por si". Em coletiva de imprensa, no domingo (30), o ministro Alexandre de Moraes informou que o caso da deputada será analisado pelo STF.
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