O Twitter pediu à jornalista brasileira Paula Schmitt a remoção de uma postagem sobre um estudo publicado na revista acadêmica International Journal of Vaccine Theory, Practice, and Research que questionava a eficácia das vacinas contra a Covid-19. O título da pesquisa, que pode ser acessada neste link, é, em tradução livre, "Pior do que a doença? Revisão de algumas possíveis consequências não intencionais das vacinas de mRNA contra Covid-19", e sua autora principal é Stephanie Seneff, do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
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A jornalista diz que, indiretamente, foi coagida a apagar a postagem para manter sua conta na rede. "Me foi 'oferecida' a chance de deletar o tuíte e ter minha conta restabelecida em 12 horas. O Twitter mostra um cronômetro, count-down [contagem regressiva], mostrando quantas horas faltam para eu ser "perdoada" se deletar o tuíte. Só que essa opção não é 'opção', mas imposição, porque se eu optar por não deletar o tuíte, então o Twitter diz que vai deliberar sobre meu caso e vai levar quanto tempo for necessário", afirma Paula.
Além disso, a jornalista reclama que a rede social, no aviso enviado à conta, atua de forma insidiosa, forçando o próprio usuário a declarar que cometeu um erro quando decide apagar a postagem. "Se eu escolher deletar o tuíte, o Twitter diz que eu estarei admitindo que o tuíte descumpriu as regras do Twitter." Em uma imagem registrada pela jornalista, a rede social afirma que a postagem viola a política sobre "disseminar informação errônea e potencialmente danosa" sobre a Covid-19.
A reportagem entrou em contato com o Twitter, mas não obteve retorno sobre as afirmações feitas pela jornalista.