Ouça este conteúdo
O Twitter informou que "não vai aplicar mais a política contra informações enganosas sobre a Covid-19". A mudança começou a valer no último dia 23 de novembro. Desde então, a política de moderação não está mais rotulando ou removendo publicações e contas que, pelos critérios antigos, supostamente estariam espalhando desinformação sobre a Covid-19. Essa é apenas uma das modificações que o novo proprietário da rede social, Elon Musk, vem fazendo no Twitter, desde que assumiu a plataforma no dia 27 de outubro.
A política contra a desinformação sobre a doença foi criada em 2020 pelo Twitter e outras plataformas, como Facebook, Google e YouTube. O objetivo era remover publicações comprovadamente ou potencialmente falsas. Dados divulgados pelo Twitter mostram que 11.230 contas foram suspensas e cerca de 100 mil postagens removidas desde janeiro daquele ano.
No Brasil, várias personalidades foram prejudicadas no Twitter por supostas publicações enganosas em relação a doença, como os jornalistas Paula Schmitt e Guilherme Fiuza, e até mesmo parlamentares que tiveram postagens excluídas por questionarem o enfrentamento à Covid-19. Na última quinta-feira (24), Elon Musk prometeu oferecer uma anistia para contas que foram suspensas. Entretanto, ele não informou quais seriam reativadas e impôs certas condições para esse retorno, como a obediência a leis locais.