A Universidade de São Paulo (USP) abriu um programa de pós-doutorado específico para mulheres negras, o que tem suscitado críticas entre os professores da instituição. A seleção será por mérito acadêmico, avaliação do plano de trabalho, currículo e experiência. A bolsa é no valor de R$ 8.479,20 mensais durante um ano e podendo ser prorrogada por mais 12 meses. O programa abrange todas as áreas, mas com prioridade em projetos com temáticas étnico-raciais.
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Docentes, que preferem não se identificar por medo de sofrer represálias, afirmaram que o temor é o de que a universidade siga a tendência de reduzir investimento em outras áreas do conhecimento para privilegiar questões identitárias e éticas-raciais. Eles questionam também a necessidade de cotas na pós-graduação para alunos que terminaram a universidade como todos os outros.
“Pessoas que entraram em cota no ensino superior já foram beneficiadas, com o intuito de equalizar a educação. E essa pessoa que entrou com benefício na graduação, será que não conseguiu equalizar durante os 4 ou 5 anos na graduação e precisa de cota para pós [mestrado/doutorado/pós-doutorado]? Fazendo isso, estão afirmando que cota não funciona”, disse um docente.