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O governo paulista vai centralizar registros de infecções pela Covid-19 nas escolas públicas e particulares. Um sistema do site da Secretaria da Educação será abastecido pelos colégios estaduais, municipais e privados indicando casos de contaminação de alunos e professores e os contatos que tiveram. Se detectado um caso de coronavírus, o colégio deverá enviar os dados informando se o infectado é aluno, professor ou auxiliar, se pertence a grupo de risco e com quem teve contato. A plataforma vai ao ar a partir da próxima terça-feira.
A estratégia visa a reduzir o risco de surtos nas escolas e também a informar a secretaria sobre os registros de coronavírus e o papel – ou não – do colégio no aumento de casos. Todas as escolas, incluindo as municipais de 400 cidades, serão obrigadas a preencher a plataforma. As municipais da capital não serão obrigadas a isso, porque são reguladas por um conselho municipal próprio, mas podem participar voluntariamente.
Carlos Magno Fortaleza, infectologista do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, explica que a detecção de um caso suspeito na escola pode motivar uma triagem de sintomas mais rigorosa entre os que ficaram próximos do contaminado. Havendo crescimento nas infecções, pode-se recomendar até uma quarentena para toda a turma.
A adoção da estratégia foi pactuada com a Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo (Sieeesp), além da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).