O YouTube confirmou a remoção de vídeos do presidente Jair Bolsonaro com citações à cloroquina, à ivermectina e ao tratamento precoce - um coquetel de 17 medicamentos - contra a Covid-19. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, Bolsonaro teria violado a política de uso da plataforma ao recomendar essas substâncias. A simples menção dos remédios, frisa a plataforma, não seria motivo suficiente para a retirada dos vídeos.
Esta não é a primeira vez que o YouTube remove vídeos sobre tratamento precoce alegando que estariam divulgando "informações médicas incorretas" - o que nem sempre corresponde à verdade. No começo do mês, por exemplo, um vídeo da Gazeta do Povo, com uma entrevista técnica com a médica Raíssa Soares, Secretária de Saúde da cidade de Porto Seguro (BA) foi censurado. A retirada foi contestada, mas o YouTube não restabeleceu o conteúdo.
O YouTube diz ainda que se fundamenta em um suposto consenso médico sobre o tema, o que não é verdade. O debate sobre o tratamento precoce ainda não está pacificado: existem dois grupos de pesquisas científicas, ainda não conclusivas, que desaconselham ou aprovam o uso de medicamentos como hidroxicloroquina, azitromicina, zinco e outros em pacientes com Covid-19.